sábado, 24 de outubro de 2015

Eletrônicos mal usados acabam levando à destruição do foco

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Mais que acertado, Bauman.

Há outras, entretanto. Dentre elas, elenco como principal a falta de vinculação da atividade para com a personalidade. Sem isso não raramente está-se fadado a padrões mecânicos, padrões estes incabíveis diante diversas problemas atuais.

De modo algum descarto que haja um repertório fixo ou semi-fixo de regras e princípios senão basilares, ao menos "de fundo" (sic) que fundamentam cada ciência bem como são refletidos ou enunciados em sua prática.

A negação precoce para com tais padrões em detrimento do desenvolvimento da «criatividade» ou «criticidade» tornou-se um equívoco gigantesco no cenário atual da Educação, especialmente na grande área denominada «Humanidades»¹. Esperar que uma criança de dez, doze anos possua «escrita crítica», algo que demanda profunda meditação, aliada a vivência e confrontações acerca de diversos problemas numa seara social ampla é no mínimo insanidade por parte de professores extremamente progressistas, nem um pouco preocupados em conservar determinadas estruturas mentais tão próprias para o bom desenvolvimento humano.

A Neurociência, em sua área voltada à Educação e Aprendizagem, aos poucos vem (com)provando o que já era há muito sabedoria firmada entre as pessoas mais velhas: toda aprendizagem demanda certo nível de repetição². Isto, obviamente, não mirando a construções de mais e mais padrões que, correto, podem até ser muitas vezes realmente inúteis, mas no mínimo para antes de meditar acerca ou «desconstruir» alguns que não mais se sustentam dentro do estado atual de coisas, compreendê-los com esmero e cuidado. O nível de despeito e destruição — não desconstrução — para com a mente dos infantes e pré-adolescentes e adolescentes torna-se flagrante quando do confronto com atividades que lhes exigiriam mínimas competências encontra-se um ser humano débil, intelectualmente estéril e incapaz de articular palavras minimamente articuladas dentro de um contexto (seja verbalmente, seja de modo escrito).

No contexto do chamado «ensino superior» isto não se faz muito diferente, porém os problemas nesse setor são maiores, porém não menos graves.

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¹ O termo «Humanidades» vs «Exatas» soa um tanto impróprio, visto que a produção das duas áreas dá-se pelo esforço intelectual humano da apreensão lógica e explicação acerca do mundo que nos cerca;
² Repetição e concentração, diga-se, aliado ao cumprimento de atividades do início ao fim.

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