sexta-feira, 31 de outubro de 2014

"Inauguro-me"

Hoje fiquei acordado pensando em tudo, indiscriminadamente: desde as mais medíocres picuinhas aos mais elevados desejos de elevação da mente e da alma, passando por gnosticismos, materialismos, metafísicas, eticidades e uma plêiade de conhecimentos mínimos à prática do próprio pensamento e da ação no tempo. Refletindo e comparando sobre minhas duas décadas de existência e ação, digo que só agora, depois de rastrear ao máximo as raízes de "meus pensamentos" — quase em um exercício, pois, de auto-análise/exame de consciência — e pondo-os em diálogo com os de grandes gênios posso pensar e fazer algo puramente por vontade, sem amarras psicológicas, sem me preocupar em prestar contas a quem quer que seja e sem idealismos inalcançáveis.

Não interpretem mal, porém encontro-me quase em um estado, creio eu, 'semi-psicopático positivo', de modo que consigo "ter estômago" para suportar vigorosamente as ideias e ações mais torpes e escabrosas e também as mais "santas" e pomposas, vigiando a vaidade e soberba. O conhecimento ultimamente anda me fascinando mais que nunca e a paixão pela Filosofia muito tem me acrescido, inclusive em áreas as quais pensava não dominar, como por exemplo Matemática. Encontro-me, portanto, ao menos minimamente preparado para contribuir «razoavelmente» e «livremente» com quem quer que seja, caso deseje, sem esperar afetuosamente como um cãozinho o carinho do dono e sem a apatia característica de um gato que na sua pequenez e insignificância agiganta-se. "Conhece-te a ti mesmo" nunca fez tanto sentido como agora. Sinto-me bem.

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