terça-feira, 2 de maio de 2017

Altas Horas, Nando Reis e canções secretas

Me lembro da primeira vez que ouvi a música “Por onde andei”, do Nando Reis. Estava assistindo televisão, ligada no programa Altas Horas. Era um tempo em que eu costumava não perder um! Gostava pra valer. Quem estava cantando naquele dia, na verdade, não era o Nando Reis, mas um ator que parecia estar estreando na Malhação ou coisa assim. Não era o Cauã Reymond, mas um sujeito no mesmo estilo.

O cara cantava bem, mas uma vez anotado trechos da música para procurar na internet no fim de semana (discada) simplesmente me impressionei. Nando Reis. Nunca tinha ouvido falar no sujeito e estava eu ali, na frente do computador, encantado com a canção do homem.

Desculpa. Estou um pouco atrasado, mas espero que ainda dê tempo de dizer andei errado e eu entendo as suas queixas tão justificáveis. E as faltas que eu fiz essa semana... Coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança!

Nossa mãe do Céu. Me derramei naquela letra. E não porque havia vivido situação similar – nada disso! Eu, com uns treze anos, já tendo vivido algo assim? Pff! Até parece.

Acontece que aquele som me tocou. Dei uma conferida pra ver se a versão era boa e baixei o mp3 no defunto P2P Limewire. Ouvia o d-i-a t-o-d-o. Ouvia o dia todo, mas era uma das tantas “canções secretas” que eu tinha, daquelas que “somente nós sabemos da existência” (sic) e as quais mostrar para os outros é como mostrar uma parcela da alma.

Esses tempos atrás estava analisando que não uma ou duas, mas uma boa quantidade das músicas que realmente gosto são aquelas que nas letras há várias questões, justamente porque me é natural questionar o status quo. Já não negativamente, eu acho.

“Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?”

Cara, que dúvida infernal! Como saber isso? Como saber se é realmente – o sentido de “mesmo” na frase é “realmente” – ela (ela quem, meu Deus?) era tudo que me faltava (me faltava e eu nem sabia?)?

Hahahaha.

Só sei que depois daquela noite meio fria em que estava assistindo Altas Horas, e que o Sérgio Groisman deu oportunidade para o, então, garoto se apresentar me rendeu horas e horas de escuta atenta.

A canção me é cara até hoje. Em um dado momento fez sentido completamente e hoje ainda faz, mas à título de recordação.

Obrigado, Nando.

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